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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
O Criador de Todas as Coisas
Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle; sem Ele, nada do que existe teria sido feito. João 1:3
A Palavra eterna, Aquele que é o grande comunicador da Divindade, é também o agente da criação. Estamos habituados a pensar em Jesus, a Palavra que Se fez carne, como nosso Salvador. Com menos frequência nos damos conta de que Ele também é nosso Criador. Mas Ele é. João afirma que “sem Ele, nada do que existe teria sido feito”. Paulo vai ainda além: “Pois nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Cl 1:16).
Tal visão transforma nossa maneira de olhar o mundo ao redor. O mundo natural com suas variedades deslumbrantes de árvores, plantas, flores e ervas; com maravilhosa imensidão de espécies de vida animal – Ele criou tudo. Não aconteceu por acaso; é Sua criação.
Os seres humanos em especial são o auge de Sua atividade criativa. Ele nos criou um pouco menores do que os anjos, à Sua imagem, à semelhança de Deus. Por meio do ato da criação, Ele conferiu dignidade a cada homem e mulher nascido neste mundo. É verdade, a imagem de Deus foi quase removida pelo pecado, mas restam alguns traços. A pessoa que zomba de outro ser humano zomba do Criador; a pessoa que prejudica outro ser humano, um dia terá que prestar contas ao Criador.
A conclusão dessa grande verdade é: Ele também me fez. Sou especial. Tenho valor. Minha origem é divina, a despeito de quão modestas tenham sido as circunstâncias de meu nascimento. Tenho um destino divino, pois Ele quer que eu viva para sempre em Sua presença.
Carregamos os traços da imagem divina, possuímos o desejo e a habilidade de “criar” também, ainda que em nível muito inferior. Algumas pessoas compõem músicas maravilhosas; eu não. Algumas pessoas fazem peças de mobília, constroem casas; eu não. O mais próximo que meus esforços chegam da criatividade é por meio da escrita. Para mim, escrever tem sido um hobby vitalício. Criar textos me traz muita satisfação. Notei um fenômeno interessante: aquilo que escrevo assume vida própria. Cada leitor interpreta meu artigo ou livro de acordo com sua própria experiência. Eles encontram significado em trechos que eu não incluí conscientemente. Se eu protestar, dizendo: “Mas não foi isso que eu quis dizer!”, eles respondem: “Bem, mas foi assim que eu entendi!”
De certa forma, assim ocorre com Deus e conosco. Ele nos criou, mas Ele permite que sigamos o caminho que escolhemos.
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Bênção que Não Devemos Buscar
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:10
A oitava e última bem-aventurança ecoa a primeira: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 5:3). “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus.” As oito bem-aventuranças sintetizam o Sermão do Monte. Elas abrangem desde como os cidadãos do reino do Céu são (as primeiras quatro – pobres em espírito, pranteadores, mansos, famintos) até como eles vivem (as três seguintes – demonstram misericórdia, são totalmente devotados a Deus e promovem a paz). E de que maneira o mundo se relaciona com pessoas que diferem de forma tão radical? Ele as persegue, as humilha ou as rejeita, ou profere mentiras a seu respeito para depreciá-las.
Há algo, porém, que diferencia a última bem-aventurança das outras. Nós não devemos buscá-la. A perseguição vem naturalmente – é inevitável, pois a verdade e o erro, a luz e as trevas, o bem e o mal não estão em harmonia. É horrível pensar nisso, mas é verdade: o primeiro filho que nasceu neste mundo tornou-se o primeiro assassino. “E por que [Caim] o matou [Abel]? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3:12).
Nos primeiros séculos da igreja cristã, algumas pessoas provocaram a perseguição. Uma delas foi um líder chamado Inácio, que foi levado para Roma e jogado para ser devorado pelas feras. Ao longo do trajeto, ele escreveu cartas em que antecipou seu destino e se deleitou em imaginá-lo. Se as feras selvagens se recusassem a atacá-lo, ele afirmou que as incitaria para virem atrás dele.
Ideias como essa não são sinônimo de coragem, mas de pensamento distorcido. A perseguição vem; mas não deve ser instigada. Mas quando ela vier, pois ela certamente virá a todos os que vivem piedosamente (2Tm 3:12), a promessa do Mestre virá também: “Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos Céus” (Mt 5:12).
Em viagem ao exterior, conversei em particular com o líder de uma igreja em que os seguidores de Jesus sofreram muito por causa de sua fé. Em um jardim isolado, longe de aparelhos de escuta, ele me disse: “Temo o dia em que estaremos livres. Sob as condições atuais, nosso povo é zeloso e fiel. Temo pelo materialismo que virá com a liberdade.”
Ele entendia a verdade da oitava bem-aventurança.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Os Pobres em Espírito
Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:3
O Sermão do Monte fala do começo ao fim sobre a graça, como as palavras de abertura deixam claro. A graça é o princípio operante no reino do Céu. Entretanto, muitos políticos e líderes que enaltecem o Sermão do Monte não têm coragem de colocar em prática os princípios estabelecidos por ele. Qualquer presidente que aconselhar a nação a dar a outra face para o inimigo que está às portas, com essa atitude certamente decretará o próprio impeachment. Da mesma forma, qualquer candidato político que renunciar ao orgulho e ao poder deverá dar-se por satisfeito se ao menos os membros de sua família votarem nele.
Mas no reino do Céu impera a graça, não o poder. Os cidadãos desse reino são felizes por serem “pobres em espírito” – pobres no espírito egoísta e orgulhoso que caracteriza a vida neste mundo. Mas não pobres em Deus; nEle eles são ricos. Eles são pobres em si mesmos, mas ricos em Cristo, em quem todos os tesouros da Terra e do Céu atingem o auge.
Sempre foi assim. Aqueles que pensam que têm tudo – que não sentem falta de nada – não “entendem” a graça. Ela começa na experiência humana com a profunda percepção de nossa fome, sede, insuficiência, perdição, necessidade de ajuda além de nós mesmos. Somente quando a pessoa perceber que nunca poderá vencer sozinha estará pronta para receber a graça. Nesse momento, a graça fluirá para ela. Perdoadora graça. Transformadora graça. Poderosa graça. Maravilhosa graça. Dessas pessoas é o reino do Céu hoje. Na vida delas Jesus reina soberano.
Durante o ministério de Jesus na Terra, o povo comum O ouvia com prazer (Mc 12:37). Prostitutas e cobradores de impostos entravam para o reino antes dos sacerdotes e fariseus (Mt 21:31). Assim tem ocorrido ao longo dos séculos. À medida que o cristianismo é proclamado, ele é recebido com alegria pelos escravos, rejeitados, marginalizados – os pobres em espírito.
Celso, famoso crítico do cristianismo, zombou de Jesus e de Seus seguidores. “Que professor singular os cristãos têm”, ridicularizou. “Todos os outros líderes religiosos dizem: ‘Venham a mim, vocês que são dignos’, mas esse Homem diz: ‘Venham a Mim, vocês que estão cansados e sobrecarregados pela vida.’ Assim, atraídos por essas palavras, Ele é seguido pela ralé, a gentalha, a escória da humanidade, que vai rastejando atrás dEle.”
E Orígenes, teólogo cristão, respondeu: “Sim; mas Ele não os deixa como ralé, gentalha e escória da humanidade. Desse material considerado sem valor, Ele molda homens!”
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
9 de outubro Terça
Rei Sem Coroa
Depois que Jesus nasceu em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Vimos a Sua estrela no oriente e viemos adorá-Lo.” Mateus 2:1, 2
Ele está sentado na encosta da montanha, uma pequena elevação coberta de grama é o trono desse Rei sem coroa. Multidões se aglomeram ao Seu redor – gente simples, pessoas pobres, pescadores e camponeses. Ele começa a falar – palavras inesperadas, surpreendentes, palavras que apresentam os princípios do reino que Ele veio estabelecer.
As aparências não revelam, mas Ele é rei de fato! Mateus, que descreve a cena e nos transmite Suas palavras, deixa isso muito claro. A primeira linha de seu Evangelho nos diz: “Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi” (Mt 1:1), mostrando que Jesus é descendente do monarca mais famoso de Israel, Davi. Apenas o Evangelho de Mateus registra que na ocasião do nascimento de Jesus os reis magos vieram do oriente com a pergunta: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?” (Mt 2:2). Obviamente, essa pergunta atraiu a atenção de outro rei, Herodes o grande.
O Rei dos judeus não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Ele não foi colocado num berço real, mas numa manjedoura. Ele não foi observado pelos nobres da corte, mas pelos animais. Ironia suprema: nunca um rei entrou neste mundo de forma tão contrária às expectativas.
Ele foi um Rei sem coroa. A única coroa colocada sobre Sua cabeça foi a de espinhos feita pelos soldados romanos tomados de ódio e espírito de deboche. Mesmo assim, Ele usou uma coroa, não feita de ouro e joias preciosas, mas de valor infinitamente maior. Ele foi coroado com o amor, com a graça.
Os que buscavam um rei que usasse uma coroa convencional olharam para o Filho de Davi e enxergaram apenas um humilde camponês. Recusaram-se a levar a sério Suas palavras, Suas maravilhosas palavras de vida; recusaram-se a deixar o coração ser tocado por Sua compaixão e milagres. De forma alguma poderia Ele ser Rei – Ele não se encaixava no padrão.
Aqueles, porém, cujos olhos enxergavam, viram em Jesus alguém inteiramente amável, alguém totalmente cativante. Eles não O chamaram imediatamente de Rei (parecia algo muito distante), mas sabiam que nEle haviam encontrado alguém que desejavam ter por perto, alguém que queriam conhecer.
Jesus, reina em minha vida hoje!
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MEDITAÇÕES DIÁRIAS
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Somos Pó
Pois Ele sabe do que somos formados; lembra-Se de que somos pó. Salmo 103:14
Apesar de todo o progresso e conhecimento, nós, seres humanos, ainda somos muito frágeis. Mesmo o maior e mais forte jogador de futebol adoece, se machuca e morre. Somos pó.
Reconhecer e aceitar essa fragilidade é sinal de maturidade. Trata-se simplesmente de uma avaliação realista de quem e o que somos. Assim, no famoso poema “Abadia de Tintern”, o poeta inglês William Wordsworth refletiu:
Pois aprendi a contemplar a natureza, não como o fazia
Impensadamente em minha juventude; mas ouvindo
A música dolente e imóvel da humanidade,
Nem áspera nem dissonante, mas de poder suficiente
Para corrigir e acalmar.
Impensadamente em minha juventude; mas ouvindo
A música dolente e imóvel da humanidade,
Nem áspera nem dissonante, mas de poder suficiente
Para corrigir e acalmar.
Outro poeta, Percy Bysshe Shelley, observou em “A uma Cotovia”:
Da saudade ao sonho aspiramos tanto!
Nosso ar mais risonho é da dor o manto,
Nossas canções mais suas são as de maior pranto.
Nosso ar mais risonho é da dor o manto,
Nossas canções mais suas são as de maior pranto.
Se discorrermos demais a respeito de nossa fragilidade, podemos chegar ao ponto do desespero, exceto por um elemento salvador: a graça. Deus Se lembra de que somos pó. Que esta vida, infinitamente linda, é infinitamente triste. A graça traz esperança, traz força e determinação.
Abra sua Bíblia em qualquer passagem e encontrará Deus atuando em favor da humanidade errante. Eis uma passagem dos dias dos reis de Israel: “O Senhor viu a amargura com que todos em Israel, tanto escravos quanto livres, estavam sofrendo; não havia ninguém para socorrê-los” (2Rs 14:26). Essa é a humanidade, esses somos nós.
Mas continue a leitura: “Visto que o Senhor não dissera que apagaria o nome de Israel de debaixo do céu, Ele os libertou pela mão de Jeroboão” (v. 27). Isso é libertação; isso é graça.
Deus ainda é o mesmo. Hoje.
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